Rosenstock via sua filosofia da linguagem não apenas como teoria, mas como remédio para o sofrimento da sociedade. [...]
No Brasil, há uma crença dogmática de que a gramática é um instrumento de dominação inventado pelas classes ricas para oprimir os pobres, e devido a isso cada nova decomposição da língua é celebrada como um enorme progresso, sem ninguém perceber que esse fenômeno corresponde a uma perda de habilidade expressiva e à ampliação do abismo entre as classes [...].
O livro de Rosenstock ajudará a construir uma ponte entre aqueles que se encontram na extremidade mais baixa e mais alta da sociedade. [...] Mais do que nunca, os brasileiros precisam aprender a falar, para que possam contar uns aos outros pelo que realmente estão passando no decorrer de sua experiência da vida.
— Olavo de Carvalho
Tradução: Rafael D. de Souza
Introdução e Notas: Olavo de Carvalho
Sobre o Autor:
Eugen Friedrich Moritz Rosenstock Nasceu em Berlim, Alemanha, em 6 de julho de 1888, filho de Theodor e Paula Rosenstock. Seu pai era um homem erudito, banqueiro e membro da Bolsa de Valores de Berlim. Ele era o único filho entre sete crianças sobreviventes.
foi um foi historiador e filósofo social alemão cujo estudo se estendeu para os campos da história, teologia, sociologia e linguística.
Em seus livros, Rosenstock-Huessy discutiu a fala e a linguagem como os modeladores dominantes do caráter e das habilidades humanas em todos os contextos sociais. Ele é visto como pertencente a um grupo de pensadores que reviveram o pensamento religioso num contexto pós-nietzschiano
Rosenstock-Huessy serviu como oficial no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Sua experiência o levou a reexaminar os fundamentos da cultura liberal ocidental. Ele então seguiu uma carreira acadêmica na Alemanha como um especialista em direito medieval, que foi interrompida pela ascensão do nazismo. Em 1933, depois que Adolf Hitler se tornou Chanceler da Alemanha, emigrou para os Estados Unidos, onde iniciou uma nova carreira acadêmica, inicialmente na Universidade de Harvard e depois no Dartmouth College, onde lecionou de 1935 a 1957.
Seu trabalho atraiu a atenção de W. H. Auden, Harold J. Berman, Lewis Mumford, dentre outros. Rosenstock-Huessy é mais conhecido como amigo próximo e correspondente de Franz Rosenzweig. As trocas de cartas entre Rosenzweig e Rosenstock-Huessy é considerada por estudiosos de religião e teologia como indispensável no estudo do encontro moderno dos judeus com o cristianismo.