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Este livreto reúne três palestras de teor histórico e filosófico sobre o indivíduo ocidental e seu mundo; mais especificamente, abordam panoramicamente o imaginário e mentalidade dos homens do período clássico e do medievo, assim como dos homens modernos e do que talvez sejam os homens do futuro. Essas reflexões de um dos pensadores cristãos mais eruditos e influentes em toda a intelectualidade alemã do século XX constituem, segundo as palavras de certo editor, ?o livro mais sombrio publicado na Alemanha desde o fim do Terceiro Reich?. Hiperbólica ou não, a frase, no entanto, ressalta a importância não só intelectual, mas também existencial desta pequena obra, que conjuga rigor acadêmico com a sabedoria e clarividência agudas próprias dos indivíduos revestidos pela irradiação profética.


Guardini intenta dar-nos, em especial, um esboço do caráter e promessa de um novo homem, o Homem das Massas, e um novo mundo, o mundo do coletivismo tecnológico, cuja ascensão o autor testemunhou e portanto concebeu como o fim da era moderna. Essas Massas, destituídas de continuidade histórica para com o homem ocidental dos períodos clássico, medieval e modernos, e alienadas dos conceitos de natureza, personalidade e cultura que dominaram na modernidade desde os tempos do Renascimento, encontram-se no hiato entre a possibilidade de destruição total e a oportunidade para o mais sincero engajamento espiritual. Mais que simples derrotismo, a visão de Guardini revela essa bifurcação existencial que exige nossa decisão e que possibilita, pois, a esperança.


Desse modo, este livro recusa-se abertamente a submeter-se tanto à posição progressista quanto à posição reacionária, e busca, com coragem, defrontar-se com a realidade do homem ?pós-moderno? e seu mundo.

 

Editora: Monergismo

Autor(a): Romano Guardini

Acabamento: Brochura

Tamanho da Letra: Normal

Número de Páginas: 126

Data de Lançamento: 2021

Altura: 1,0 cm

Largura: 14,0 cm

Comprimento: 21,0 cm

Peso: 0,190 kg

ISBN: 9786588525104

 

Sobre o Autor:
 

Romano Guardini: um príncipe do espírito

Em 1966, Henri Engelmann chamou-lhe «príncipe do espírito» e disse ainda que Romano Guardini apesar da sua inteligência fulgurante era o «homem mais sedutor e mais simples que imaginar se possa; este pensador é padre e que o é em cada minuto da sua vida».

Guardini nasceu no dia 17 de fevereiro de 1885 na cidade italiana de Verona. Com um ano muda-se para Mainz, Alemanha, onde seu pai é cônsul da Itália. Estuda no liceu local, recebendo uma formação exclusivamente germânica. Chegada a altura de entrar para a universidade, parece indeciso, pois durante dois semestres estuda química em Tübingen, acrescidos de mais três de economia política em Munique e Berlim.

No ano de 1905 uma crise religiosa será decisiva para o seu futuro – o sacerdócio. Ainda que com a oposição do pai, começa a estudar teologia em Friburgo, mudando-se depois para Tübingen e apenas terminará em Mainz sua cidade Natal. Aqui é ordenado sacerdote, em 1911. No ano seguinte opta pela nacionalidade alemã e após dois anos de vicariato na diocese de Mainz, regressa a Friburgo para acabar o doutoramento com uma tese sobre São Boaventura, o que veio a suceder em 1915.

Terminados os estudos, regressa a Mainz volta a Mainz. Nesse tempo vivem-se os anos da chamada “renovação litúrgica”. Guardini já havia escrito, durante a I Guerra Mundial (1914-1918) a sua obra magistral intitulada “O Espírito da Liturgia”, que terá uma influência enorme nessa reforma.

Em 1920 é admitido como professor de teologia dogmática na Faculdade de Teologia da Universidade de Bona, mas no ano 1923 muda-se para Berlim pois fora convidado para criar uma cadeira sobre filosofia e mundividência católica. A tarefa não seria tão fácil de concretizar como parecia, uma vez que era o único eclesiástico e representante do catolicismo na Universidade. Não obstante, Romano Guardini depressa cativou um grande auditório que incluía, além de estudantes católicos e protestantes, outros curiosos’.

No ano de 1937 escreve a sua meditação sobre Jesus num livro intitulado “O Senhor”. Mas com a ascensão do Nazismo ao poder, em 1939, Guardini é deposto da sua cátedra. Mas não se conformou e recomeçou as suas lições, agora em terreno privado, fundando uma espécie de universidade popular que depressa se encheu de ouvintes. Nessa altura são inaugurados os famosos sermões da segunda terça-feira de cada mês na igreja dos jesuítas de Berlim. Contudo, o cerco aos católicos por parte do regime de Hitler, protagonizado pela Gestapo, levou a que o padre italiano se retire no verão de 1943.